domingo, 19 de julho de 2009

Valdenir Benedetti - Um tributo



Algumas pessoas vem e vão de nossas vidas, outras permanecem mesmo que sua partida seja, inevitavelmente sem volta.

Passados alguns dias de sua partida, acho que já me é possível registrar algumas palavras sobre esta pessoa que, sem dúvida, permanecerá ao meu lado.

Como afirma Bert Hellinger, os mortos não nos abandonam, nós é que acabamos por abandoná-los ou esquecê-los.

Certamente Val, sua vocação não é o esquecimento, ao menos em mim.

Fomos parceiros, de um mundo secreto, durante 26 longos anos. Pude acompanhar mais de perto ou mais de longe muitos bons e maus episódios de sua vida. Todos eles vividos com muita dignidade por você.

Homem de muitos amores e de algumas desilusões, você soube como ninguém tocar a alma feminina e dizer, a cada uma delas, tudo o que elas presisavam ouvir para se aproximarem mais daquilo que elas verdadeiramente guardavam como potencialidade.

Alguém que, embora tendo experimentado muitas relações, preferia, nos últimos tempos desafiar Vinícius de Moraes acreditando que "... era possível ser feliz sozinho". No fundo confesso que duvidava um pouco disso, mas sempre respeitei sua crença. Você até ria muito de mim e de minhas desventuras amorosas!

Como profissional, alguém que se lançou a grandes desafios questionando posturas rígidas e pensamentos reducionistas propondo-se a repensar a astrologia como um homem de seu tempo. Re-construiu de forma criativa e porque não dizer mágica muitos conceitos e nos laçou a grandes viagens interiores e exteriores. Seus textos estão eternizados, com você.

De nossos encontros levo, até onde viver, a saudade das risadas, das pequenas e grandes discussões, dos momentos de prazer e também das brincadeiras com a Rita, que espero esteja bem em algum lugar.

Termino com o compromisso de, ao menos em parte, fazer cumprir um desejo seu "...que a luz e o amor perfeito continuem construindo meu caminho"

Parceiro desta vida, minhas saudades são eternas.

domingo, 10 de maio de 2009

O coração


Falar sobre o coração é de alguma maneira olhar para o centro de nossas vidas.

O coração abriga a alma e é claro que se a alma está feliz ele está ótimo. Se a alma está triste ou ansiosa ele responde sinalizando para cada um de nós o que, talvez, não esteja tão bem.

O coração acompanha nossos ritmos.

Se estamos de bem com a vida, mal percebemos sua presença. Ele bate tão mansamente que até nos esquecemos dele. Este batimento é tão bom que nos sentimos leve, quase flutuando, nossa respiração é mansa, pausada.

Diferente é o momento em que estamos tristes. A presença de um aperto no coração nos lembra que talvez precisemos chorar, elaborar um luto, colocar um ponto final.

A expectativa ou a ansiedade levam o coração a uma corrida frenética e o valente coração, de uma maneira nada sutil e rápida nos fala: "Estou aqui para enfrentar tudo junto com você!"

Mas, por vezes, o coração pode se cansar de tanto esforço e sinalizar com um "mal estar" que é hora de parar. De parar de correr atrás de sonhos que não vão se realizar, simplesmente porque alguns sonhos não se realizam, nada mais.

O coração é um grande companheiro, do qual quase sempre nos esquecemos.

Eu amo meu coração, embora algumas vezes o faça sofrer um pouco com minhas exigências descabidas.

O que você sente pelo seu?

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Uma viagem ao mundo da solidão


Hoje, um pouco de solidão bate à porta.

Abro e me proponho a ter uma conversa.

Depois de um tempo percebo que ela se mantém indiferente aos meus comentários sobre "apego" e "necessidades de relacionamento".

A solidão quer falar sobre assuntos de outras "paragens". Lugares nunca antes visitados, experiências colhidas na singularidade.

Na verdade, quase deixa perceber que objetiva me distrair do desejo de "estar com alguém" me seduzindo mansamente para que eu esteja "em mim" - ei! quantos "ms".

Meu olhar interno ainda insiste um pouco em lembranças, detecção de presenças-ausentes, mas a solidão me reconduz aos escritos.

Minha solidão é poeta? escritora? Talvez aspirante a um Alguém com palavras. Rio dela e pela primeira vez, rimos juntas. E que sensação de leveza me prenche!

Percebo então que quando faço algo para ser alguém de modo único, minha solidão fica feliz.

Talvez a solidão não seja nada além de um "eu esquecido" que quando lembrado se torna uma "presença inseparável" preenchedora de espaços vazios em mim.


E você o que pensa da solidão?

domingo, 12 de abril de 2009

Pensando sobre aqueles que escrevem e seus leitores.


Faz tempo que não apareço por aqui.
Tantas coisas aconteceram nos últimos meses....
Tenho lido muito e percebido o quanto aprendemos com as idéias que muitos outros se dispõe a pensar e registrar dando-nos um presente.
Quem bom que a vida é cheia de pessoas que pensam e são generosas.
Que bom que a vida flui de maneira proveitosa em tantas pessoas que nos ensinam tanto.
Ao escrever, aquele que escreve nos conta de seu ponto de vista, de uma forma particular de ver o mundo, de refletir, apreciar ou criticar.
São inúmeras as surpresas e contradições com que nos deparamos nas leituras.
Alguns parecem pensar como nós e isso às vezes é um bálsamo. Outros são irritantes pois falam de coisas que não aprovamos ou que para nós não são válidas - que mundinho!
Mas todos, certamente refletem a grandeza do existir.
Ler é uma das melhores coisas para mim. É um contato íntimo com alguém que não conheço pessoalmente, mas que conecto a alma. Ele se senta ao meu lado mesmo invísível.
É uma ausência presente, alguém de quem, de alguma forma, por algum tempo, sou parceira.
E eu adoro parcerias!

Até

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O ano começou....


O ano começou. Cheiro de cores, cheiros e amores.

Para cada um de nós de um jeito particular.

Para mim começou com novidades importantes no campo do trabalho. Estou recomeçando e isso, na minha idade é um grande desafio. Mas estou bancando e bem!

Aproveito o espaço para apresentar, para aqueles que ainda não ouviram falar, as Constelações Familiares.

Propostas por Bert Hellinger, as constelações ainda serão muito conhecidas e praticadas entre nós!

Aos curiosos recomendo. Leiam os textos e tudo o que puderem.

Quanto a mim, já faço parte de um grupo de formação.
Que a vida seja um Presente para todos.